Dia de sol, praia e o mar convidando para um mergulho em Maceió. O cenário perfeito para uma foto. Mas se você fica sem bateria no celular no meio da praia, o que fazer? Foi pensando em aproveitar o sol de Maceió que alunos do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) estão instalando placas de energia solar nos guarda-sóis que ficam na areia da praia.
A solução para evitar que o celular descarregue está bem do lado e não precisa nem levantar da cadeira.
“Pra mim, foi uma surpresa! Eu não esperava nunca chegar aqui em uma barraca e encontrar uma tecnologia que permite carregar o celular. Foi excelente”, diz o jornalista Silvio Teles.
A energia limpa vem de painéis solares de 20 centímetros, que ficam grudados na parte de cima do guarda-sol. Dá pra ligar a caixinha de som também e curtir música na praia.
“Todo conforto que puder ser oferecido pra gente, é muito bom. Então imagina só você vir à praia, aí o seu som, por algum motivo, acaba e o seu celular acaba, aí você tem mais esse conforto”, afirma o gastrônomo Marcos Vieira.
A ideia de gerar energia na praia de forma sustentável surgiu no laboratório do curso de eletrônica do Ifal. O projeto foi desenvolvido por quatro alunos em parceria com um prestador de serviço que aluga cadeiras e sombreiros na orla de Maceió.
“Inicialmente, enxergamos as necessidades dos barraqueiros, dos prestadores de serviço da orla e nós tentamos fazer pesquisas e dimensionamos a placa de acordo com as necessidades deles. Constatamos que a placa era viável e elaboramos também os cabos, compramos também alguns materiais”, diz o estudante de eletrtécnica, Jarllan Ferreia.
O projeto ainda está no começo. As plaquinhas estão em testes há apenas dois meses, mas já dá pra dizer que em um dia de sol que faz em Maceió, elas conseguem produzir a capacidade máxima de energia. O suficiente pra manter carregada a caixinha de som ou o celular o tempo inteiro na praia.
“Eu preciso colocar de manhã e retirar de tarde as placas. Pra funcionar 100%, é a partir das 9 horas da manhã, onde a radiação está mais forte, até umas 15 horas, ai eu consigo mantê-la aí 100%”, afirma Erisvaldo Nascimento, comerciante.
E os estudantes já pensam em ampliar o projeto. “A gente está querendo saber o que pode melhorar ainda no projeto pra gente poder agregar pra daqui pra dezembro estar com esse protótipo pronto pra poder expandir por toda a praia e quem sabe até por todas as praias do Nordeste”, diz o estudante Rinaldo Matheus.
Fonte: G1